segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
sábado, 1 de agosto de 2015
A Lua...
A Carta da Lua, nosso 8 de copas, costumava estar relacionada aos méritos e honrarias de uma pessoa - e se voltarmos algumas décadas ou um século ou dois, vamos perceber que no período em que essas cartas se popularizaram, as pessoas se ocupavam de forma diferente do que fazemos hoje. Você tinha status e era considerado honrado pelo que fazia, e muitas vezes acumular funções era um mérito que podia lhe colocar em evidência. Uma pessoa contratada para dar aulas de ciências, aritmética e gramatica para uma adolescente, poderia também ser a responsável por ajudar a encontrar um marido pra ela, e ainda acumular funções de interprete, tradutor, e ser a parteira da cidade. E isso era visto como honra e mérito, muitas vezes colocando aquela pessoa em uma posição social de respeito e glória.
E era assim que viam, também, o sucesso de alguém. E isso é completamente diferente da busca por ganhos financeiros e estabilidade que temos hoje, na maioria das vezes, como norte na hora de decidir uma carreira para seguir, e de o quê a maioria de nós entende quando dizemos que alguém é uma pessoa de "sucesso".
A carta A Lua, quando está bem perto de uma pessoa, reflete nela seu brilho, conferindo-lhe honras e méritos no seu dia a dia - e é assim que as cartas a consideram bem sucedido no seu dia a dia. É por aí que encontramos a associação entre a carta a Lua e o seu emprego, ou o seu trabalho de todo dia. As tarefas rotineiras que lhe conferem honra e dignidade, nas leituras curtas, serão representadas por A Lua.
Portanto o seu emprego - aquela tarefa rotineira a partir da qual você obtém renda para pagar suas contas, vestir-se e a seus filhos, e manter-se no "sistema", ou seja, ser uma pessoa "honrada", virá nas leituras maiores (Mesa Real) como A Luz. Seja que para associar este emprego comum ao conceito de abundância ou prosperidade financeira, ou ainda comércio, empreendedorismo, formação e ascensão profissional, precisaremos de outras cartas formando uma constelação com a Lua.
O Andy Boroveshengra, um cartomante inglês que tem escrito em um estilo bem acadêmico sobre o Lenormand nos últimos anos, e muito vem contribuindo em pesquisa e informação com o universo Petit Lenormand Tradicional, nos diz que ainda que A Lua traga significados muito diferentes pra quem costuma usar o Tarô, ela se assemelha em signifição à astrologia tradicional: honestidade, trabalho, respeito e etc.
Algo interessante sobre a lua é que ela, ao estar próxima do consulente e descrever uma pessoa, pode estar se referindo a alguém que será para o consulente uma inspiração, referência ou mesmo um "mind master": como vem sendo tão comum buscarmos alguém que nos ajude a trilhar o caminho do sucesso.
Ainda que A Lua, por si, nao trate do empreendedorismo e do sucesso financeiro de alguém, é a carta que nos inspira a trabalhar todos os dias.
Até aqui já sabemos que a lua reflete seu brilho sobre o consulente quando está próxima dele, o que você poderia entender como a lua cheia. E quanto mais escura ela fica, ou seja, quanto mais distante do consulente está, menor seu brilho, e menor sua atuação feliz na vida desse consulente.

A Lua - não é de hoje - inspira a poesia e os poetas, e, portanto, as emoções mais profundas de alguém. Por isso vem, no Lenormand - herança dos livros de emblemas renascentistas - tratar da psique, das emoções mais profundas (naturalmente enraizadas em pensamentos) e também em toda inspiração que alguém pode ter. Perto do consulente ela traz à tona tudo que há de melhor, e longe dele a Lua tira-lhe o ânimo e pode deixar-lhe tão ensimesmado a ponto de que perca completamente o ânimo e brilho. Se, neste caso, também o sol e as estrelas estiverem longe do consulente, observe a possibilidade de lidar com grandes dramas e emoções muito profundas (e possivelmente ocultas daqueles com quem convive).
A inspiração da Lua também a associa com a criatividade: aquela mesma que você precisa ter para lidar com os pequenos desafios do seu dia a dia, quando um cabide se transforma em móbile pra alegrar aquele sobrinho, ou você faz do rolo de fita adesiva um porta incenso!
Algumas combinações podem ser especialmente úteis (claro, bem contextualizadas):
As Fases da Lua (Lua + Árvore ou Lua + Anel):
Lua minguante: Lua + Ratos
Lua nova = Lua + Raposa
Lua crescente = Lua + Criança
Lua cheia = Lua + Urso ou Lua + Montanha
quinta-feira, 2 de abril de 2015
Um bom curso de cartomancia
Iniciei meus estudos de cartomancia há 27 anos, quando ainda era uma menininha de 13 anos. De lá pra cá, a vida me trouxe todo tipo de lição - inclusive aquela que considerei a mais complexa de todas, em relação a esta atividade: assumir a cartomancia como meu ofício principal, como a fonte de sustento da minha família, e deixar pra trás anos e anos de uma outra profissão, que também era um caso de amor! (é, sou movida a amor!).
Enfrentar todos os obstáculos gerados por minhas próprias crenças limitantes e meu próprio preconceito em relação a atividade, e atender ao chamado, não foi fácil. Decidir viver a "Karla Cartomante" 7 dias por semana, todas as semanas de todos os meses, e fazer do ofício minha nova e bem sucedida carreira, foi, sim, um desafio. A paixão se sobrepôs e eu me considero muito bem sucedida, sim. Capaz de olhar nos olhos das amigas executivas, de igual para igual, e compreender que minha atividade é tão honrosa quanto a delas.
O passo seguinte, diante das experiências que tive, foi começar uma trajetória em que compartilho os conhecimentos que obtive nesta jornada. Ainda que não fosse, até o ano de 2011, uma cartomante "full time", havia uma periodicidade de atendimentos, e sim, gradativamente, durante os últimos 24 anos, o ofício se desenvolveu, inclusive de forma remunerada - ainda que como atividade paralela. E foi essa experiência, aliada a todos os livros, entrevistas, consultas, conversas e trocas, que serviu de base para, durante dois anos, trabalhar no desenvolvimento de um conteúdo básico - o qual,nos últimos 21 meses, venho compartilhando com alunos presenciais e remotos.
Durante este período, percebi nova motivação, ainda mais profunda que qualquer das emoções que eu nutri em relação à cartomancia.Venho trabalhando há algum tempo motivada pela ideia, principalmente, de valorizar o ofício da cartomancia, valorizar aqueles que, de forma digna e honesta, exercem o ofício com honra e fazem deste sua fonte de renda.
Por outro lado, vejo, de forma cada vez mais frequente, oportunistas visivelmente desprovidos de qualquer senso de integridade anunciando "cursos", "workshops" e outros trabalhos envolvendo o ofício. Pessoalmente, acredito que é preciso dominar um tema antes de propor-se a ensiná-lo. Em se tratando de um tema que envolve tanta MISTIFICAÇÃO, PRECONCEITO e má interpretação, confiar seu TEMPO para ouvir alguém cuja experiência é de poucos meses - ou poucas horas de prática/estudos, é a maior bobagem que se pode fazer. Em especial para aqueles que desejam aprender o ofício para exercê-lo com a intenção de gerar renda.
Em qualquer atividade que gere renda, cursos de qualificação têm sim um "preço" (ainda que nem sempre financeiro), e é preciso estar pronto para assumir o compromisso envolvido na troca de conhecimento que o levará à uma futura fonte de renda. Quanto vale o seu futuro? Quanto vale a sua carreira? Quanto vai lhe custar cada ERRO cometido por conta da má orientação recebida de um oportunista? Abra o olho.
E como identificar um bom professor / mentor em qualquer área de atuação? Falando de cartomancia, acredite: se o sujeito, há poucos meses estava nos grupos de facebook, publicamente pedindo "pitacos", "ajuda" e tirando "dúvidas", ele não se qualificou, milagrosamente e da noite para o dia, para ensinar a Arte pra alguém.
Há uma teoria bem difundida de que para se tornar "especialista" em algum tema, são necessárias 10 mil horas de prática. É, isso mesmo. Equivale a, por exemplo, quase 7 anos, praticando 6 horas por dia, de segunda a sexta. Ou 7 horas por semana durante um pouco mais de 20 anos.. Ou 3 anos com 12 horas de prática diária apaixonada...
Ok, você me diz, na cartomancia não será necessário ser um "especialista" para transmitir o básico pra alguém. Talvez não. Mas ensinar cartomancia, nos dias de hoje, vai muito além de simplesmente ensinar que o cavaleiro entrega uma mensagem ou o jardim fala de eventos sociais. Ensinar cartomancia requer um pouco mais de tato, um pouco mais de vivência...
E quando um aluno chega com uma situação em que um padrão ético se coloca em questão, ou seja lá quais forem as infinitas possibilidades de situações complicadas e difíceis por que passamos... Como dar a ele o necessário suporte se o professor jamais vivenciou algo sequer parecido, diante de sua pouca prática? Como ensinar ao aluno a trabalhar responsavelmente com pessoas?
Sem falar de questões técnicas propriamente ditas. É preciso um domínio mínimo da ferramenta que se utiliza (o "baralho Cigano" ou Petit Lenormand, por exemplo, ou qualquer outro sistema), e de seus métodos de composição e interpretação, bem como um mínimo de vivência prática para que se possa auxiliar um aprendiz em seus primeiros passos.
Muito se discute a respeito do conceito leigo de "dom", talento inato, ou ainda auxílio da espiritualidade ao praticante de cartomancia. Mas este é, ao meu ver, tema para ainda outra conversa.
Se você busca qualificação, procure, antes de tomar uma decisão, conhecer melhor o professor a quem vai seguir, especialmente no seu primeiro momento. Há muitos e muitos BONS, ou melhor, EXCELENTES professores no Brasil. Com diferentes abordagens, diferentes métodos de leitura e didática, diferentes caminhos. Cada um deles terá algo a ensinar, capaz de transformar sua vida. E transformação é o que geralmente procuramos, de fato, quando buscamos qualificação. Em um primeiro momento você vai escolher apenas um, sim. Depois, ao estar firme em suas bases, poderá explorar quantos mais houverem.
Escolha bem. Trata-se de você, de sua experiência, ou seja, da sua experimentação daquele tema, do seu próprio envolvimento e comprometimento com o "evoluir". Trate-se com a devida atenção e carinho, e não se permita cair nas "garras" de quem vê este "mercado" como um mar de oportunidades financeiras, ou deleite do próprio ego - ou ambas. Afinal, você vai dividir seu caminho com seu primeiro professor - e com todos os outros que escolher depois...
Pesquise. Pergunte. Questione. Experimente. E só depois, ao sentir seu coração bater mais forte, e saber que se trata de boa escolha. Vá em frente e mergulhe... Mas mergulhe de cabeça, porque vale a pena!
Sempre digo que a cartomancia transforma vidas: transforma a vida do cartomante, expectador de tantas histórias, de tantas emoções, decisões, celebrações, perdas, desafios.... E transforma a vida do consultante, que, diante de uma Mesa de cartas, pode tomar decisões capazes de atrair a mais plena felicidade (ou causar um tremendo estrago).
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(foto de Thaísa Lixa) |
sexta-feira, 27 de março de 2015
terça-feira, 7 de outubro de 2014
O Baralho da Dona Maria Mulambo
Faz muito tempo que não vou a uma Gira. Naqueles anos em que me dediquei à Religião e participei daquelas rodas, o ponto da Dona Maria Mulambo fazia meu coração disparar, parecia que ia saltar pela boca... e em seguida meu corpo todo se acalmava, eu me sentia aquecida e amparada e os movimentos fluíam... Nunca vi uma Maria Mulambo incorporada em alguém. Mas a minha simpatia por ela existe desde que ouvi esse nome pela primeira vez. E o ponto que fazia meu coração acelerar ainda "toca" na minha cabeça de vez em quando, e lembrar dessa Senhora sempre me traz uma sensação de acolhimento, de tranquilidade...
Eu ainda estava me recuperando do ar que faltou, da pneumonia... e talvez naquele momento eu tenha achado que foi só a febre... eu ouvi "te dei o amor, te dei o carinho, te dei uma rosa, tirei os espinhos"... e a palpitação. Parecia um tambor no meu peito! Então meu marido entrou na sala dizendo que o correio tinha acabado de entregar aquele pacote: quando abri, as lindas cartas da Dona Maria Mulambo, que a querida Sonia Boechat Salema me enviou!
Ela (a Sonia) provavelmente não fazia a menor ideia que junto àquelas cartas, a energia da Dona Mulambo, vinha pra mim um sinal, que eu pedia há dias... (mas isso é outra história!).
Tenho manuseado as cartas por todos esses dias, enquanto me recuperava, e agora que estou de novo "zero bala" (como diziam na minha terra!), e posso fazer leituras, tenho me surpreendido com o quanto e como responde o Baralho da Dona Maria Mulambo! É preciso, acurado, certeiro, como eu imagino que a própria entidade o é - e o mais interessante, sinto o mesmo acolhimento, nas cartas, quando falam de algo pouco agradável - é como se dissessem do fel, com um amparo pra que o consulente não caia, e possa compreender o que acontece.
Essas cartas, sem dúvida, já fazem parte do meu dia a dia - e algo que me deixa super feliz é que elas são de boa qualidade! São perfeitas no tamanho, no tipo de papel (com uma laminação suave) e nas cores intensas que me ajudam a identificar as imagens com facilidade.
Se você desejar trabalhar também com estas cartas (super recomendo), pode encontrá-las no blog com o mesmo nome do baralho, clicando aqui.
Gratidão à Sonia, que soube, certamente, traduzir em cartas as mensagens de Dona Maria Mulambo, pra que as cartas nos falem essas mensagens, e a Moça esteja mais perto de cada um de nós, cumprindo sua Missão de amor, e nos auxiliando em nossa Missão de crescer.
Salve Dona Maria Mulambo!
Eu ainda estava me recuperando do ar que faltou, da pneumonia... e talvez naquele momento eu tenha achado que foi só a febre... eu ouvi "te dei o amor, te dei o carinho, te dei uma rosa, tirei os espinhos"... e a palpitação. Parecia um tambor no meu peito! Então meu marido entrou na sala dizendo que o correio tinha acabado de entregar aquele pacote: quando abri, as lindas cartas da Dona Maria Mulambo, que a querida Sonia Boechat Salema me enviou!
Ela (a Sonia) provavelmente não fazia a menor ideia que junto àquelas cartas, a energia da Dona Mulambo, vinha pra mim um sinal, que eu pedia há dias... (mas isso é outra história!).
Tenho manuseado as cartas por todos esses dias, enquanto me recuperava, e agora que estou de novo "zero bala" (como diziam na minha terra!), e posso fazer leituras, tenho me surpreendido com o quanto e como responde o Baralho da Dona Maria Mulambo! É preciso, acurado, certeiro, como eu imagino que a própria entidade o é - e o mais interessante, sinto o mesmo acolhimento, nas cartas, quando falam de algo pouco agradável - é como se dissessem do fel, com um amparo pra que o consulente não caia, e possa compreender o que acontece.
Essas cartas, sem dúvida, já fazem parte do meu dia a dia - e algo que me deixa super feliz é que elas são de boa qualidade! São perfeitas no tamanho, no tipo de papel (com uma laminação suave) e nas cores intensas que me ajudam a identificar as imagens com facilidade.
Se você desejar trabalhar também com estas cartas (super recomendo), pode encontrá-las no blog com o mesmo nome do baralho, clicando aqui.
Gratidão à Sonia, que soube, certamente, traduzir em cartas as mensagens de Dona Maria Mulambo, pra que as cartas nos falem essas mensagens, e a Moça esteja mais perto de cada um de nós, cumprindo sua Missão de amor, e nos auxiliando em nossa Missão de crescer.
Salve Dona Maria Mulambo!
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Os primeiros 10 minutos
Uma tia, cabeleireira, costuma dizer que a escolha de cabeleireiro e médico é algo muito pessoal, que você precisa entrar e "se apaixonar" logo de cara, do contrário não haverá proveito: a consulta não será boa, o cabelo vai ficar esquisito. E outro dia estava pensando nisso e concordando com ela, então acrescentei o cartomante ao ditado da minha tia. Porque se o consulente não se apaixonar pelo cartomante assim que começarem a conversar, não vai rolar. Tem que acontecer uma troca, algo que permita que o consulente sinta-se tão a vontade, que todos os seus segredos possam vir a tona. O consulente precisa confiar no cartomante: ou nada que ele disser lhe parecerá compreensível ou até mesmo, capaz de ser ou se tornar realidade. E se isso não acontecer nos primeiros minutos... acredite: não vai mais acontecer.
Ao contrário do que pensava minha tia, eu não acredito que essa identificação entre cliente e profissional seja regida pelo acaso ou por algo "além do que se possa compreender". Acredito que alguns fatores são determinantes pra que essa primeira impressão seja positiva - aliás, há estudos que mostram que a primeira impressão, sobre qualquer pessoa, é mesmo determinante, e não se modifica, seja lá o que for que aconteça depois. E o quê, afinal, pode ser essencial nos primeiros momentos de uma consulta com um cartomante? Há algum tipo de padrão que possa ser seguido que aumente a possibilidade de uma primeira impressão super positiva, e que possibilite ao consulente em potencial se tornar um "cliente fiel", logo nos primeiros minutos? E quando não há um contato "olho no olho" as premissas se modificam?
Bem, é claro que há fatores determinantes que estão relacionados com a postura e a conduta pessoal do cartomante, como o tipo de expressões e vocabulário que utiliza, a maneira como se comporta diante do consulente - presente ou remoto. Ter a consciência de que o cartomante é apenas "a mão que segura a lanterna que aponta o caminho" e não aquele que dita o caminho, é um excelente ponto de partida. E a partir deste, você já consegue imaginar que, se não iluminar a direção certa, logo nos primeiros minutos tudo o mais já se perde.
Ou seja, se, logo nos primeiros minutos, o cliente já escuta algumas palavras que validam sua intenção diante da consulta, fazendo com que se sinta confiante, acolhido e respeitado, as chances de que tudo corra muito bem são muito maiores. E há, com o Petit Lenormand, certas "técnicas" (ou dicas, "pulinhos de gato") que ajudam muito.
O Lenormand é um sistema tão genial (como costumo repetir todo o tempo!) que pode mostrar, em segundos, mensagens claras sobre como o consulente se sente, o que deseja, sobre o quê pensa e pra onde pensa ir logo em seguida, e não é preciso ser nenhum "expert" pra ler as entrelinhas das cartas e já detectar algumas mensagens que podem ser um divisor de águas durante os primeiros momentos de uma consulta. Se 10 minutos iniciais forem bem aproveitados diante das cartas do Lenormand, sem dúvida o bom "leitor de cartas" poderá detalhar mensagens, acontecimentos, pessoas, emoções e muito mais, durante horas - com precisão e certeza.
Essas técnicas, nem sempre divulgadas ou ensinadas (juntas, como um compilado de "primeiros minutos"), o que acho mais curioso é que são dicas que podem ser super úteis e esclarecedoras tanto pra quem já convive há tempos com as cartas, quanto pra quem está iniciando sua Jornada Lenormand (e já viu o básico): se está aprendendo, certamente terá um vislumbre do que vem adiante, e direcionará seus estudos de forma ainda mais produtiva.
Nos mais de 25 anos em que trabalho com as cartas, eu mudei de cidade muitas vezes (não foi só por conta da cartomancia ou dos meus vestidões que volta e meia alguém me chamava de "cigana"!!). Ao mudar, deixava bons amigos, familiares, e pessoas que haviam chegado até mim por causa das cartas. E como você sabe, até pouco tempo, não haviam esses planos telefônicos em que você conversa com alguém em outro estado ou país por horas e paga centavos - era caro, bem caro, um interurbano, e ninguém estava "afim" de pagar muito pra não ter respostas. Muitas vezes os telefonemas que recebia a noite, pra ler as cartas, depois do meu "trabalho formal", eram determinantes pra complementar minha renda, então eu precisava fazer algo bem feito - outras vezes a motivação era outra, como o carinho imenso por uma amiga do coração, ou o desejo de ajudar aquela prima atrapalhada, ou a responsabilidade de corresponder ao que disse quem indicou aquele desconhecido pra mim... seja como for, até hoje, mais de 80% das pessoas que atendo, estão bem longe de mim. Sem poder olhar sua expressão, ler a linguagem do olhar, são as cartas que me mostram tudo sobre aquelas pessoas. E o quanto mudou em suas vidas nos últimos 3 meses ou nas últimas 24 horas, desde a última consulta. E o que ela espera de mim hoje, que nem sempre é a mesma coisa que ontem ou na semana passada. E como está o filho doente, o namorado ausente ou aquele rapaz que nem sabe que ela existe, mas ela continua acreditando que é um amor predestinado... Ou quem sabe hoje ela me procurou pra saber se deve ou não fazer um ritual religioso de uma religião que não conheço - mas as cartas apontam que sim ou não. E por aí vou confiando nas cartas, e elas me mostram. E como me mostram o que devo dizer, meus clientes continuam voltando e confiando. Alguns há mais de 20 anos. O que seria desta cartomante, sem os primeiros 10 minutos daquelas consultas?
Pensando em tudo isso, reuni dicas, macetes, técnicas e métodos em um Workshop com mais de 3 horas de duração, onde vamos conversar principalmente sobre os primeiros 10 minutos da consulta ao Lenormand sem contato presencial (embora sirvam também para o presencial), e sobre como desenvolver conteúdo preciso e claro por mais 20, 30, ou 300 minutos. Como pretendo que a troca seja rica, e que possamos nos aprofundar em determinados tópicos, as vagas são mesmo limitadas para o encontro ao vivo. O encontro será gravado, e, em alguns dias, disponibilizado na área de alunos do Falando Lenormandês, e você poderá acessar as gravações por mais 30 dias, para ver e rever quantas vezes quiser.
Você pode fazer sua inscrição clique aqui, ou entre em www.falandolenormandes.com.br
Espero por você!
Que seu caminho tenha sempre muita Luz!
sábado, 30 de agosto de 2014
A Cruz e seus mistérios
Assim como o Calendário Gregoriano que utilizamos divide o tempo entre Antes do Cristo e Depois do Cristo, a carta 36, A Cruz, deixa pra trás o que está a sua esquerda e amplia o que vem à sua direita. O que está a esquerda não é cortado ou encerrado como acontece com a Foice (10) ou Caixão (08), mas diminuído, deixado em segundo plano - sua importância é reduzida em função do que vem depois. Se à esquerda da Cruz está, por exemplo, a viagem do Navio (03), e à sua direita o Sol (31), a viagem é encurtada, deixada de lado ou esquecida, e o Sol (31), intensificado, brilhará mais forte - ainda que, neste caso, queimando a pele de alguém: aquilo que descreve a Cruz, descreve algum sofrimento, alguma dor.
Se é uma pessoa que a Cruz traz do passado, de volta para a vida do Consulente, certamente não é alguém fácil de lidar - há aí algum desafio. E algumas vezes as Cruz identifica uma pessoa religiosa, pode ser um padre, uma sacerdotisa, ou apenas alguém que está profundamente envolvido com uma religião, não importa qual. Geralmente é uma questão de fé e não de religião, embora algumas vezes se refira ao fanatismo, em especial. Olhe as cartas em volta, como sempre.
Por falar em desafio, Paus é o naipe dos desafios, no Lenormand. Costumo dizer que as cartas não apontam um problema sem também mostrar uma solução, ou uma causa sem que mostrem o efeito, e da mesma maneira, quando mostram os desafios, na maioria das vezes trazem também as possíveis compensações, uma vez cumpridos.
A Cruz sempre traz algum teste ou provação, uma dificuldade a ser enfrentada - desde a difícil prova de seleção para um emprego ou curso concorrido, em que o consulente vai precisar "suar a camisa" se quiser êxito, até os desafiadores encontros com quem (ou o quê) o consulente imaginava ter deixado confinado ao passado, e lhe provoque as mais confusas emoções: aquelas de perder o sono.
E se será uma, algumas ou muitas noites de sono perdido, responde a distância entre a Cruz e o Consulente: perto dele, há de passar logo; quanto mais longe, mais demora até que se desfaça a dor.
Abrindo a Mesa Real, ela anuncia um período difícil, e como a última carta, em sua própria casa, encerra um ciclo. Abrindo uma linha de cartas (dentro ou fora da Mesa Real) ela pede atenção: olhe em volta e descubra onde estão os desafios. Logo acima do consulente, anuncia grande estresse, preocupações, um fardo - as cartas em voltam explicam sobre o que se refere. Abaixo do consulente mostra que, apesar de preocupado e desafiado, o consulente lida bem com as dificuldades que ela traz.
Aqui no Brasil esta carta é vista como a carta das vitórias e superações, e pra mim isso faz muito sentido, a partir do significado tradicional de dor e pesar, embora eu raramente perceba a carta como uma vitória. Se há noites de sono perdidas e aflição, em algum momento o ideal é que sejam superados, e que se possa lembrar daquele período como um divisor entre mais e menos evoluído ou consciente... mas este é um outro assunto, e fica pra outra vez!
Like the Gregorian calendar divides Christian era between AD and BC, the card 36 - The Cross - divides what is at its left and right sides, diminishing the left and increasing the card at its right side. What is at the left isn't cut or finished like it occurs with (10) Scythe or (08) Coffin, but decreased, leaving in the Background - its importance is reduced due to what comes after. If the left of the Cross is, for example, the Ship as a travel (03), and its right the Sun (31), the journey is shortened, set aside or forgotten, and the Sun (31) has its shine stronger intensified - though in this case, burning someone's skin: what describes the Cross, suffering and pain.
If the Cross brings back from past a person to the life of the Querent, it is certainly not someone easy to handle - there will be a challenge. And sometimes the Cross identifies a religious person, like a priest or priestess, someone who is deeply involved in religion, any type of religion or deep believing. In fact most of times it is about faith, not religion and can also go as deep as fanaticism. Look the cards around it as always, to have a better view of the situation.
Talking about challenge, Clubs are the cards that represents challenge in Lenormand. As I always say, I believe that the cards never indicate a problem without also showing a solution (cause without an effect) and likewise when showing challenges, most of the times, they will also bring a possible compensation once the challenge is accomplished.
The Cross will always bring a test or a trial, usually a difficulty to be faced - for instance a harsh job interview or a difficult and challenging exam in which the Querent will need to work very hard to succeed. Important to note that this could also be a challenging meeting with a person the Querent had confined to the past and it causes confusing emotions that will make one not able to sleep at night, lost on its own confusion. And it will be one, some or many nights of lost sleep, the distance between the Cross and the Querent gives the answer: near it, will pass soon; far away, further delay until undo pain.
Opening the Grand Tableau , it announces a difficult period, and as the last card in its own house, closes a cycle. Opening a line of cards (inside or outside the Grand Tableu) it asks for attention: look around and see where the challenges are. Just above the Querent announces great stress, worries, a burden - cards around it will help to explain better the situation. Below the Querent shows that despite trouble and challenge, the Querent will be able to overcome the difficulties.
In Brazil this card is seen as the card of wins and overruns, from the traditional meaning of pain and grief, although I rarely notice the card as a victory. If there are nights of lost sleep and distress, at some point the ideal is to be overcome, and if you can remember that period as a bridge between higher and lower or more conscious... Well, this would be another matter, and we should save it for another time!
Se é uma pessoa que a Cruz traz do passado, de volta para a vida do Consulente, certamente não é alguém fácil de lidar - há aí algum desafio. E algumas vezes as Cruz identifica uma pessoa religiosa, pode ser um padre, uma sacerdotisa, ou apenas alguém que está profundamente envolvido com uma religião, não importa qual. Geralmente é uma questão de fé e não de religião, embora algumas vezes se refira ao fanatismo, em especial. Olhe as cartas em volta, como sempre.
Por falar em desafio, Paus é o naipe dos desafios, no Lenormand. Costumo dizer que as cartas não apontam um problema sem também mostrar uma solução, ou uma causa sem que mostrem o efeito, e da mesma maneira, quando mostram os desafios, na maioria das vezes trazem também as possíveis compensações, uma vez cumpridos.
A Cruz sempre traz algum teste ou provação, uma dificuldade a ser enfrentada - desde a difícil prova de seleção para um emprego ou curso concorrido, em que o consulente vai precisar "suar a camisa" se quiser êxito, até os desafiadores encontros com quem (ou o quê) o consulente imaginava ter deixado confinado ao passado, e lhe provoque as mais confusas emoções: aquelas de perder o sono.
E se será uma, algumas ou muitas noites de sono perdido, responde a distância entre a Cruz e o Consulente: perto dele, há de passar logo; quanto mais longe, mais demora até que se desfaça a dor.
Abrindo a Mesa Real, ela anuncia um período difícil, e como a última carta, em sua própria casa, encerra um ciclo. Abrindo uma linha de cartas (dentro ou fora da Mesa Real) ela pede atenção: olhe em volta e descubra onde estão os desafios. Logo acima do consulente, anuncia grande estresse, preocupações, um fardo - as cartas em voltam explicam sobre o que se refere. Abaixo do consulente mostra que, apesar de preocupado e desafiado, o consulente lida bem com as dificuldades que ela traz.
Aqui no Brasil esta carta é vista como a carta das vitórias e superações, e pra mim isso faz muito sentido, a partir do significado tradicional de dor e pesar, embora eu raramente perceba a carta como uma vitória. Se há noites de sono perdidas e aflição, em algum momento o ideal é que sejam superados, e que se possa lembrar daquele período como um divisor entre mais e menos evoluído ou consciente... mas este é um outro assunto, e fica pra outra vez!
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A Cruz do Esmeralda Lenormand - que curiosamente saiu com um erro de impressão, e, onde devia estar "agora, e não é bom", saiu "agora, bom", acompanhando o estilo Brasileiro! |
The Cross
Like the Gregorian calendar divides Christian era between AD and BC, the card 36 - The Cross - divides what is at its left and right sides, diminishing the left and increasing the card at its right side. What is at the left isn't cut or finished like it occurs with (10) Scythe or (08) Coffin, but decreased, leaving in the Background - its importance is reduced due to what comes after. If the left of the Cross is, for example, the Ship as a travel (03), and its right the Sun (31), the journey is shortened, set aside or forgotten, and the Sun (31) has its shine stronger intensified - though in this case, burning someone's skin: what describes the Cross, suffering and pain.
If the Cross brings back from past a person to the life of the Querent, it is certainly not someone easy to handle - there will be a challenge. And sometimes the Cross identifies a religious person, like a priest or priestess, someone who is deeply involved in religion, any type of religion or deep believing. In fact most of times it is about faith, not religion and can also go as deep as fanaticism. Look the cards around it as always, to have a better view of the situation.
Talking about challenge, Clubs are the cards that represents challenge in Lenormand. As I always say, I believe that the cards never indicate a problem without also showing a solution (cause without an effect) and likewise when showing challenges, most of the times, they will also bring a possible compensation once the challenge is accomplished.
The Cross will always bring a test or a trial, usually a difficulty to be faced - for instance a harsh job interview or a difficult and challenging exam in which the Querent will need to work very hard to succeed. Important to note that this could also be a challenging meeting with a person the Querent had confined to the past and it causes confusing emotions that will make one not able to sleep at night, lost on its own confusion. And it will be one, some or many nights of lost sleep, the distance between the Cross and the Querent gives the answer: near it, will pass soon; far away, further delay until undo pain.
Opening the Grand Tableau , it announces a difficult period, and as the last card in its own house, closes a cycle. Opening a line of cards (inside or outside the Grand Tableu) it asks for attention: look around and see where the challenges are. Just above the Querent announces great stress, worries, a burden - cards around it will help to explain better the situation. Below the Querent shows that despite trouble and challenge, the Querent will be able to overcome the difficulties.
In Brazil this card is seen as the card of wins and overruns, from the traditional meaning of pain and grief, although I rarely notice the card as a victory. If there are nights of lost sleep and distress, at some point the ideal is to be overcome, and if you can remember that period as a bridge between higher and lower or more conscious... Well, this would be another matter, and we should save it for another time!
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